"Muita gente questiona a intensidade dos laços que estabelecemos através das redes sociais, acreditando que, quando se trata de relações novas, com gente que não conhecemos pessoalmente, esses laços tendem a ser frágeis e superficiais.
Pesquisadores como a gaúcha Raquel Recuero já tentaram definir a 'amizade' online pelo grau de reciprocidade das conexões estabelecidas nas redes sociais. Diz ela, por exemplo, sobre o Twitter: 'É um espaço onde as conexões não precisam ser recíprocas e, portanto, não necessariamente um espaço de 'amigos'.'
É verdade que não há exigência de reciprocidade no Twitter. Mas também é verdade que o Twitter pode ser muito rico de relacionamentos reais com pessoas que você nunca viu. É possível, sim, estabelecer laços fortes e significativos mesmo nesse ambiente em que “se fala sozinho” para uma vasta platéia de seguidores.
Porque não é da massa de seguidores que estou falando. Falo do seleto grupo de pessoas com quem você efetivamente interage com freqüência no microblog. Pessoas que se ajudam, compartilham, trocam ideias e têm afinidade de interesses. Que se importam umas com as outras a ponto de perguntar se você vai bem e quais são seus novos projetos profissionais.
É a “comunidade imaginada”, termo cunhado pelo cientista político Benedict Anderson que traduz a identificação com uma população dispersa de pessoas desconhecidas, mas com as quais se compartilha com tal intensidade que é possível falar em “nós”, falar em um grupo.
Como você determina se uma relação online é real?
- As pessoas sabem o seu nome?
- Mantêm uma conversação regular com você?
- Oferecem informações e questões que te fazem aprender e crescer?
- Notam quando você deixa de participar?
Está questão deixo em aberto para que vocês mesmo obtenham as respostas e a partir delas tomem as devidas providências que acharem mais cabíveis. Até outro post!
Fonte: Mariela Castro, Revista Exame.com - Blog Mídias Sociais
Nenhum comentário:
Postar um comentário